Atualmente, o mundo está enfrentando nesses últimos meses de uma forma assustadora, as inúmeras mudanças provocadas pelo surgimento da pandemia da COVID-19 e entre os vários prejuízos sociais causados, houve um aumento significativo da violência no meio doméstico e familiar contra as mulheres.
Essa pandemia foi anunciada em 11 de março e no Brasil foi no período de 20 de março, e foi afirmada a existência do Estado de calamidade pública em consequência do novo corona vírus.
Com isso, segundo o alerta a ONU mulheres aumentaram de forma significativa os riscos que intensificam a violência doméstica e familiar contra as mulheres, em razão dos medos dentro dos lares, do isolamento social das mulheres e das meninas e a limitação dos deslocamentos durante a quarentena.
Esse isolamento social pode ser considerado o principal fator do aumento da violência contra as mulheres, ainda que fez-se necessário essa medida para impedir a proliferação da COVID-19, houve um enfraquecimento a rede de afeto, familiaridade, sororidade e a relação com a vizinhança e com isso toda rede de apoio e de proteção primária.
A necessidade dessas redes primárias serem constituídas por parentes, amigos, vizinhos e demais pessoas de confiança dessas mulheres apresentam um papel essencial na prevenção, ajudando as vítimas, inclusive, para a realização de denúncia.
Em razão desse período de quarentena, essas vítimas passam ter maior vigilância dos seus atos e ações enfrentando obstáculos ainda maiores para afastar com o ciclo de violência e para pedir ajuda, provocadas pela constante presença do agressor na residência e durante o isolamento.
Outra questão, é que durante esse período, houve um aumento no uso de medicação, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas e foi considerado como um fato de risco extremo para o acontecimento da violência durante o isolamento, ocorreu um aumento de 4,6 vezes o risco de violência pelo parceiro ao aumentar o consumo nocivo de álcool. Além disso, as tensões dentro dos casos por causa do agravamento da instabilidade financeira e com a redução salarial, além do desemprego dos trabalhadores formas e a perda da renda dos trabalhadores informais resultaram em comportamentos violentos e os riscos de feminicídio. O Jornal Estado de Minas também se pronunciou sobre essa temática, mostrando que a Polícia Civil de Minas Gerais recebeu 44.413 queixas de mulheres violentadas em suas residências. Antônio Costa, secretário nacional de promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa, relatou que houve similarmente um aumento da violência contra os idosos, que de março até maio de 2020 duplicaram. Deve-se ressaltar, a violência sofrida por crianças e adolescentes, que de acordo com Pedro Rafael Vilela, repórter da Agência nacional, a Organização não governamental (ONG) World Vision notificou um possível aumento de 20% a 32% durante esse período.
Com isso, cabe a nós o reconhecimento desses fatores que potencializam a violência doméstica contra mulheres e meninas, gerando soluções eficazes na prevenção e no enfrentamento à violência contra as mulheres.
Em Minas gerais, observou-se uma diminuição dos números nos registros de violência doméstica desde o período em que se iniciou a quarentena (a partir de março de 2020) em comparação com o ano de 2019, conforme afirma os dados da superintendência de informação e inteligência policial da policia civil de Minas Gerais.
Contudo, é necessário compreender a importância de salientar que o fórum brasileiro de segurança pública asseverou dados preocupantes ao mostrar que nos primeiros dias de pandemia, ocorreu um aumento na movimentação da policia civil via 190.
Para saber mais acesse: http://www.seguranca.mg.gov.br/integracao/estatisticas-criminais
Trabalho realizado pelos alunos(as): Amanda Jeniffer de Avelar Souza, Ana Clara Silva Rocha, Caroline Santos Oliveira Nunes, Gustavo Henrique Faria, Jessica Elfrida Rezende, Lívia Sofia Souza Ferreira.
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